O novo ensino médio é dividido por trilhas formativas, mas como assim? O que isso significa?
Os alunos, ao ingressarem na 1ª série do ensino médio, devem escolher em qual das áreas querem se aprofundar de acordo com a sua identificação, e além disso, ele também pode ter a liberdade de escolher em qual das disciplinas eletivas oferecidas pela escola ele quer participar. Ou seja, são diversos caminhos a trilhar, literalmente, tudo é uma questão de escolha. Com este novo modelo, o ensino médio atende cada vez mais a identidade de cada aluno, o provocando a desenvolver suas melhores habilidades e a despertar o melhor de si mesmo. Protagonizando seu papel na escola e na sociedade.
As trilhas formativas têm um grande papel que está além das paredes da escola, construir itinerários formativos dentro do espaço escolar é provocar e desafiar o estudante a desenvolver novas habilidades e começar a compreender as exigências do novo mercado de trabalho.
Para além de uma sociedade que está em constante mudança e com jovens cada vez mais voláteis, fica cada vez mais evidente que o tradicionalismo social de construção de uma sociedade mecanizada está cada vez mais longe do lugar para onde essa sociedade e as novas identidades e ideologias estão indo.
Essa construção de novas formas de relacionamento atinge o mercado de trabalho de forma constante e daí vem o termo “soft skills”, que é tão pautado quando falamos sobre as habilidades do século XXI, não é mesmo? Tendo em vista que a sociedade sai do escopo mecanizado e entra para uma sociedade cada vez mais orgânica, ou seja, uma sociedade que é destacada pela individualidade de cada pessoa, uma sociedade que quer destacar as habilidades de cada indivíduo porque sabe e percebe que isso é importante para o crescimento de toda e qualquer profissão do futuro, para além das disciplinas tradicionais, ou como é chamado pela BNCC – Base nacional comum curricular – para além das aulas da base comum, os itinerários formativos mudam o cenário escolar e sugerem novas formas de aprendizado para os estudantes como forma de protagonizar a sua essência, os seus valores, a sua identidade, ou seja, a sua individualidade. Com o objetivo de preparar este estudante para a demanda da sociedade atual, que necessita de pessoas com habilidades interpessoais, como comunicação, autonomia, proatividade, criatividade e pensamento crítico, a escola como espaço responsável por colaborar na formação de cada criança e adolescente, atende essa nova demanda social e dentro da escola promove o desenvolvimento dessas habilidades por meio de projetos nas áreas de Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências da natureza e suas tecnologias, Ciências humanas e sociais aplicadas e também o ensino técnico.
Claro que um dos objetivos pelo ensino-aprendizagem por meio de projetos a partir das escolhas dos estudantes tem o intuito de colaborar na preparação deste aluno para o mercado de trabalho os orientando em suas futuras escolhas, mas também tem o objetivo claro de que o papel da escola é também fazer com todos tenham a capacidade de criar conexões percebendo a interdisciplinaridade entre as diferentes áreas de conhecimento, o que provoca este aluno a também recombinar informações diferentes, e portanto atingir a criatividade e inovação, quem também é uma das habilidades vitais para este novo modelo de ensino.
Thays Barbosa – Líder de projetos